o jardim púdico toma o jardim como metáfora para os pêlos corporais. Neste mundo quando alguém nasce é lhe atribuído um jardim mas a forma como este tem de ser cuidado varia do sexo biológico com que nascemos. Aqui protagonista cuida o jardim como deve, cortado, podado, como tem de ser mas ao ver o jardim selvagem do vizinho quer ter um igual, e assim tenta. No entanto, os comentários constantes da sociedade deitam-na abaixo e o seu jardim acaba por morrer. Com a ajuda do vizinho ela volta a ganhar coragem e tem por fim um jardim como ela sonha ter.
o jardim púdico takes the garden as a metaphor for body hair. In this world, when someone is born, they are assigned a garden—but the way it must be cared for depends on the biological sex they are born with. Here, the protagonist tends to her garden as expected: trimmed, pruned, kept as it "should" be. But when she sees her neighbor’s wild garden, she longs to have one like it, and so she tries. However, constant societal judgment wears her down, and her garden eventually withers. With the neighbor’s help, she regains her courage and finally has the garden she has always dreamed of.
Catarina Pisco (Pisca), da Amadora, gosta especialmente da estética dos fanzines ou do manga e privilegia temas sobre sexualidade e intimidade. Frequentou o curso de realização plástica do espetáculo na escola António Arroio, mais tarde licenciou-se em Artes Visuais - Multimédia em Évora e frequentou o mestrado de Ilustração e Animação no instituto politécnico do Cávado e Ave. Este percurso fez com que a autora ganhasse o interesse numa ilustração mais manual e tridimensional e assim nasceu a vontade e curiosidade de explorar cada vez mais esta técnica. Um dos últimos desafios foi no concurso nacional do Amadora BD 2022 onde ganhou uma menção honrosa com a curta "No fim.", também em recortes tridimensionais.